COURB participa de fórum sobre desenvolvimento sustentável na ONU

O COURB, representado pelo seu presidente Germano Johansson, participou em Nova York do painel que visava discutir como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável podem alterar a construção de políticas públicas. O Fórum Político de Alto Nível em Desenvolvimento Sustentável foi criado na Rio+20 e acontece desde 2013 com a participação dos 193 países-membro e de diversos representantes da sociedade civil, como grupos indígenas, mulheres e jovens. Além destes, os painéis também são moderados por convidados especiais e tem de 4 a 5 panelistas que apresentam sua visão no tema, antes das discussões e das intervenções.

Nossos comentários foram incluídos pela Secretária-Geral no documento-síntese das discussões. Sentimo-nos honrados em contribuir com a construção de uma agenda global tão importante para o futuro da humanidade. Entretanto, o desafio está apenas começando: não faltam referências de conflitos sociais, desigualdade social, crises energéticas, falta de água, desequilíbrio econômico e exploração dos recursos naturais. Participar desse evento nos deu ainda mais motivações para trabalhar para o desenvolvimento do Brasil e dos países da América Latina, através de uma agenda que priorize as pessoas e o meio ambiente.

Confira abaixo a transcrição do seu questionamento, traduzido para o português:

“Dentro dessa sala existem pessoas de todas as culturas, nacionalidades, sexo e idade. Apesar disso, compartilhamos uma coisa em comum. Somos seres humanos.

Apesar de estar intervindo em nome do grupo de Crianças e Jovens, meu objetivo é destacar três questões que impactam na vida de todos, não somente das crianças.

Primeiro, todos nós aqui somos parte de um grupo muito seleto da população global. Isso é porque nós tivemos acesso a educação, provavelmente uma boa educação. Se nós queremos atingir os objetivos da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, educação deve ser a grande ferramenta no nosso arsenal. Como resultado, uma educacão de qualidade em todos os níveis não pode ser apenas o privilégio daqueles com recursos, mas um direito de todas as pessoas.

Segundo, essa barreira é o nosso grande foco em resultados econômicos. Estados querem aumentar o PIB, empresas querem aumentar os lucros. Nossa sociedade insere em todos nós o desejo de mais dinheiro, independente da nossa condição socioeconomica. Nós estamos programados para querer mais. Sejamos francos. Nós todos sabemos que essa obsessão insaciável com crescimento não está apenas esgotando os recursos naturais, mas também está aumentando a desigualdade em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Estamos focando tanto no aspecto econômico que um enfoque integrado pode não ser suficiente para a recuperação.

Terceiro, antes de irmos adiante em termos a nova agenda de desenvolvimento, temos que reconhecer que os países desenvolvidos atingiram tudo o que atingiram nas costas dos países pobres. De forma simples, nosso sistema econômico global está baseado em exploração. Certamente, nós estaremos deixando muitas pessoas para trás se continuarmos fazendo negócios como fazemos hoje. É hora dos países ricos fazerem a sua parte e darem de volta, primariamente com um papel construtivo nesse e em outros processos, como por exemplo, Financiando o Desenvolvimento.

Agora a minha questão. Nós temos que entender que a economia é derivada do meio ambiente, e não o contrário. Existe uma chance realista de os Estados-Membros algum dia aceitarem que a economia é derivada do meio ambiente como o primeiro passo nessa mudança transformadora de paradigma, baseada nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável?”

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